Um estudo piloto randomizado controlado avaliou a eficácia do Tratamento de Reciprocidade Desenvolvimental (DRT-P) em crianças pequenas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O DRT-P é uma intervenção baseada no desenvolvimento que combina treinamento para pais e tratamento direto com a criança, visando aprimorar a comunicação social e as relações interpessoais por meio de atividades lúdicas conjuntas.
A pesquisa envolveu 37 crianças entre 2 e 5 anos com TEA e atraso na linguagem, que foram divididas em dois grupos: um grupo que recebeu o DRT-P e um grupo de tratamento atrasado. Os resultados indicaram que 83% dos pais no grupo DRT-P atingiram os critérios de fidelidade de implementação em 24 semanas. Além disso, ao controlar a fidelidade, as crianças no grupo DRT-P apresentaram melhorias significativamente maiores na Escala de Responsividade Social Total e na escala de Impressões Clínicas Globais de Melhoria.
Apesar de não terem sido observadas diferenças significativas em outras medidas, como a Observação Breve da Mudança na Comunicação Social, as Escalas de Comportamento Adaptativo de Vineland ou os Inventários de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur-Bates, os achados sugerem que o DRT-P é uma intervenção promissora para melhorar alguns aspectos do funcionamento social em crianças pequenas com TEA. Estudos futuros deverão explorar como intervenções comportamentais e desenvolvimentais podem ser combinadas de forma otimizada para direcionar as principais dificuldades sociais, juntamente com habilidades de comunicação adaptativas e funcionais. Este tipo de tratamento oferece uma esperança para melhorar a qualidade de vida de crianças com autismo e suas famílias.
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