A propriocepção, a capacidade do corpo de sentir sua posição e movimento no espaço, é fundamental para a coordenação motora e o equilíbrio. Uma submodalidade importante da propriocepção é a percepção da força (FP), que se refere à habilidade de avaliar a quantidade de força que estamos exercendo. Embora a propriocepção seja amplamente estudada, a FP recebe comparativamente menos atenção. Um estudo recente investigou como o gênero e a força máxima de preensão (FMP) afetam a percepção da força em indivíduos saudáveis.
O estudo envolveu a avaliação da FMP, utilizando um dinamômetro, nas mãos dominante e não dominante dos participantes. A percepção da força foi testada em 25% e 50% da FMP de cada indivíduo. Os participantes foram treinados para reconhecer esses valores-alvo por meio de feedback visual em uma tela. Em seguida, foram instruídos a reproduzir a força aprendida sem a ajuda visual. A diferença entre o valor-alvo e a força alcançada foi registrada como Erro Absoluto (EA). Os resultados revelaram uma diferença significativa no EA a 25% da FMP entre homens e mulheres.
Além disso, o estudo encontrou uma correlação entre a FMP e a percepção da força. Curiosamente, uma maior força de preensão foi associada a maiores erros na reprodução da força. No geral, o gênero e a dominância da mão não pareceram ter um efeito significativo na percepção da força, com exceção do EA a 25% da FMP. Uma compreensão mais clara dos efeitos do gênero e da FMP na percepção da força pode auxiliar os profissionais de saúde nas áreas de prevenção e reabilitação, permitindo que abordem melhor essas deficiências. A propriocepção é crucial para atividades diárias e o estudo da percepção da força oferece insights valiosos sobre como o corpo processa informações sensoriais. Entender as nuances da percepção da força pode levar a intervenções mais eficazes para melhorar o controle motor e a função em diversas populações.
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