A actigrafia, uma técnica que utiliza sensores de movimento para monitorar a atividade física e o sono, está sendo investigada como uma ferramenta promissora para avaliar a eficácia de intervenções em adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo recente explorou a viabilidade da actigrafia como medida de mudança clínica em resposta a tratamentos experimentais para o TEA.
O estudo comparou dados de dois ensaios clínicos: um estudo de intervenção em participantes com TEA e um estudo não intervencionista em indivíduos com desenvolvimento típico. Em ambos os grupos, os participantes usaram um actígrafo no pulso durante todo o período de inscrição. Os pesquisadores analisaram características da actigrafia com potencial relevância clínica, calculando médias semanais para cada participante. A qualidade do sono relatada pelos cuidadores apresentou correlações significativas com as medidas de distúrbios do sono obtidas pela actigrafia. Além disso, foram observadas correlações entre os relatos dos cuidadores sobre autorregulação e as características da actigrafia que medem a atividade física diurna.
Os resultados sugerem que a actigrafia pode ser uma medida viável de mudança longitudinal no TEA, embora com desafios relacionados à adesão dos participantes ao uso contínuo do dispositivo. As correlações observadas indicam que características gerais da actigrafia podem estar alinhadas com domínios centrais e associados do TEA. No entanto, a utilidade clínica da actigrafia como biomarcador de resultados clinicamente relevantes no TEA ainda requer mais investigação. A actigrafia pode fornecer evidências de apoio ao resultado do tratamento, oferecendo contexto clínico ou como uma medida comportamental objetiva (por exemplo, do nível de sono ou atividade) quando combinada com medidas de resultado clínico mais tradicionais.
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