A estabilidade do core, compreendida como a capacidade de manter o controle e o alinhamento da região central do corpo, desempenha um papel crucial na performance atlética e na prevenção de lesões. Um estudo recente investigou a relação entre a estabilidade do core e a força dos rotadores internos e externos do ombro em atletas universitários, revelando insights importantes sobre a importância do fortalecimento integrado.
A pesquisa envolveu a avaliação de 45 atletas do sexo masculino, com idades entre 18 e 24 anos, utilizando testes específicos para medir a força e a resistência do core, como o Double Leg Lowering Test e o teste de resistência de McGill. A força dos músculos do ombro foi avaliada por meio de um dinamômetro isocinético Biodex, que permite medir a força em diferentes velocidades e ângulos de movimento. Os resultados demonstraram uma correlação significativa entre a força do core e o torque máximo em relação ao peso corporal dos rotadores internos e externos do ombro. Adicionalmente, foram encontradas correlações entre o torque de pico, a relação torque/peso corporal e os testes de flexão do tronco e flexão lateral.
Estes achados enfatizam que um core forte e estável não apenas contribui para a eficiência dos movimentos, mas também para a proteção contra lesões, especialmente em esportes que exigem movimentos repetitivos ou de alta intensidade dos membros superiores. Portanto, a inclusão de exercícios de fortalecimento do core em programas de treinamento e reabilitação é fundamental para atletas de todos os níveis. Ao fortalecer a musculatura do core, é possível otimizar a transferência de força através da cadeia cinética, melhorando a coordenação, o controle e, consequentemente, o desempenho atlético, além de minimizar o risco de lesões no ombro e em outras regiões do corpo. O fortalecimento do core, portanto, deve ser visto como um investimento na saúde e no desempenho a longo prazo.
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