Noites em claro, seja por trabalho, estudo ou outras razões, tornaram-se uma realidade comum na sociedade moderna. Um novo estudo investigou como a privação prolongada de sono afeta a atividade cerebral e a capacidade de manter o estado de alerta. A pesquisa buscou identificar as diferenças entre indivíduos mais vulneráveis e aqueles mais resistentes aos efeitos da falta de sono.
O estudo, publicado no International Journal of Psychophysiology, acompanhou 45 participantes que permaneceram acordados das 22h às 6h. Durante esse período, os participantes realizaram tarefas de vigilância psicomotora (PVT) a cada duas horas, enquanto os pesquisadores monitoravam a atividade elétrica cerebral (EEG) em repouso. A análise dos dados revelou que os participantes podiam ser divididos em dois grupos: um grupo vulnerável, que apresentou maior declínio no desempenho do PVT ao longo da noite, e um grupo resiliente, que manteve um desempenho relativamente estável.
Uma descoberta interessante foi que indivíduos vulneráveis mostraram maiores variações na potência das ondas theta frontais em seu EEG, enquanto aqueles no grupo resiliente exibiram atividades cerebrais mais consistentes durante o período de privação de sono. Além disso, o estudo identificou que uma maior potência theta na região parietal antes do período de privação de sono pode ser um indicador de vulnerabilidade à privação de sono. Esses resultados sugerem que a atividade cerebral em repouso pode ser um fator importante na determinação de como cada pessoa reage à falta de sono, e futuras pesquisas são necessárias para validar esses indicadores e entender melhor os mecanismos subjacentes.
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