Impacto do Tempo de Irrigação em Cirurgias Endoscópicas da Coluna: Um Alerta para a Saúde Óssea

A cirurgia endoscópica da coluna, que utiliza um ambiente aquoso para a irrigação durante o procedimento, é uma técnica minimamente invasiva que oferece diversos benefícios. No entanto, um novo estudo publicado na Scientific Reports revelou que o tempo prolongado de irrigação pode comprometer a adesão e o potencial osteogênico de células-tronco mesenquimais (MSCs) combinadas com fosfato tricálcico beta (β-TCP), um material utilizado para promover a fusão óssea.

A pesquisa avaliou os efeitos do ambiente aquoso endoscópico na viabilidade e capacidade de diferenciação de MSCs autólogas (do próprio paciente) enriquecidas com β-TCP. Os resultados mostraram que, embora a adesão das células ao β-TCP se mantenha em diferentes tempos de irrigação (até 60 minutos), a viabilidade celular diminui significativamente após 30 minutos. Além disso, a capacidade de diferenciação das MSCs em células ósseas (osteogênese) e adiposas (adipogênese) também foi comprometida após 30 minutos de irrigação. A diferenciação em condrócitos (células da cartilagem) mostrou desorganização após apenas 15 minutos de irrigação.

O estudo destaca a importância de otimizar a eficiência cirúrgica e controlar rigorosamente o tempo e a pressão da irrigação durante as cirurgias endoscópicas da coluna vertebral. Irrigação por mais de 15 minutos demonstrou reduzir significativamente a formação óssea. Preservar o desempenho do enxerto, utilizando MSCs/β-TCP, é crucial para o sucesso da fusão óssea e, consequentemente, para a recuperação do paciente. Este achado ressalta a necessidade de monitoramento cuidadoso e técnicas cirúrgicas refinadas para garantir os melhores resultados em procedimentos que envolvem o uso de células-tronco para regeneração óssea.

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