A fadiga do condutor é um fator de risco significativo nas estradas, contribuindo para cerca de 20% dos acidentes fatais. A identificação rápida e precisa da fadiga é um desafio constante. Um estudo piloto recente investigou o potencial de biomarcadores salivares para detectar a fadiga, utilizando a metabolômica para analisar amostras de saliva.
O estudo envolveu a coleta de amostras de saliva de participantes em dois estados: bem descansados e após privação de sono. Os participantes também avaliaram seus níveis de fadiga percebida e realizaram um teste de vigilância psicomotora (PVT) de três minutos para avaliar a inibição cognitiva. As amostras de saliva foram analisadas por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de prótons (1H NMR) para identificar metabólitos associados à fadiga.
Os resultados identificaram sete metabólitos como potenciais biomarcadores de fadiga, mas apenas o scyllo-inositol atingiu significância estatística na análise univariada. Este achado sugere que o scyllo-inositol pode ser um indicador útil da fadiga presente na saliva. No entanto, os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos de validação em amostras maiores para confirmar estes resultados. A pesquisa também levanta questões sobre a validade do teste PVT de três minutos como medida de inibição cognitiva, sugerindo que versões mais longas do teste (cinco ou dez minutos) podem ser mais eficazes. A descoberta do scyllo-inositol como potencial biomarcador salivar representa um avanço promissor na busca por métodos mais eficazes para detectar a fadiga e, consequentemente, aumentar a segurança nas estradas.
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