A atrofia muscular, caracterizada pela perda de massa e força nos músculos, é uma complicação comum em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A imobilidade prolongada, inflamação sistêmica e outras condições associadas à internação em UTI contribuem significativamente para o desenvolvimento da atrofia muscular, impactando negativamente a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes.
O ultrassom surge como uma ferramenta promissora para a avaliação da atrofia muscular em UTIs. Trata-se de um método não invasivo, portátil e de baixo custo, que permite a visualização e medição da espessura e da área de secção transversa dos músculos. Essas medidas podem ser utilizadas para monitorar a progressão da atrofia muscular ao longo do tempo, identificar pacientes em risco e avaliar a eficácia de intervenções terapêuticas, como a fisioterapia e a nutrição otimizada. A capacidade de realizar avaliações à beira do leito torna o ultrassom particularmente valioso em ambientes de cuidados intensivos.
Além do diagnóstico, o ultrassom muscular tem potencial prognóstico em pacientes de UTI. Estudos têm demonstrado que a perda de massa muscular avaliada por ultrassom está associada a desfechos clínicos desfavoráveis, como aumento do tempo de ventilação mecânica, maior tempo de internação hospitalar e maior mortalidade. Portanto, a utilização rotineira do ultrassom para avaliar a atrofia muscular pode auxiliar na identificação precoce de pacientes com maior risco e na implementação de estratégias individualizadas para melhorar seus resultados clínicos. A pesquisa continua a explorar o papel do ultrassom como ferramenta diagnóstica e prognóstica na gestão da atrofia muscular em pacientes críticos.
Origem: Link