Pacientes submetidos a cirurgias cardíacas podem se beneficiar significativamente de programas de reabilitação pré-operatórios. Um estudo recente investigou o impacto da fisioterapia respiratória domiciliar não supervisionada no tempo de internação hospitalar e em unidades de terapia intensiva (UTI), além de analisar a incidência e gravidade de complicações pós-cirúrgicas em homens e mulheres.
A pesquisa, de caráter observacional retrospectivo, analisou dados de 418 adultos que passaram por cirurgias cardíacas entre 2018 e 2022. Os participantes foram divididos em grupos com base no sexo e na participação em sessões individuais de fisioterapia respiratória antes da cirurgia. Os resultados demonstraram que, tanto para homens quanto para mulheres, a fisioterapia respiratória pré-cirúrgica esteve associada a uma redução significativa no tempo de permanência hospitalar. A análise de regressão linear também apontou que o sexo masculino estava relacionado a uma menor duração da internação, tanto no hospital quanto na UTI.
Apesar de as mulheres terem apresentado uma maior incidência de complicações pós-cirúrgicas, não foram observadas diferenças significativas entre os sexos em relação à gravidade dessas complicações ou ao risco de mortalidade. A conclusão do estudo reforça a importância da fisioterapia respiratória pré-operatória, mesmo quando realizada em casa e sem supervisão direta, como uma estratégia eficaz para otimizar a recuperação de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas e reduzir o tempo de internação. Este tipo de intervenção, focada em exercícios ventilatórios, pode ser um componente valioso nos cuidados pré-cirúrgicos, contribuindo para melhores resultados e otimização de recursos hospitalares.
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