Descobertas Promissoras: Vesículas Extracelulares Revelam Novas Assinaturas do Autismo

Um estudo recente lança luz sobre os mecanismos moleculares do Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição que afeta cerca de 1% da população mundial, com um aumento significativo de 178% na prevalência desde o ano 2000. A pesquisa se concentra nas vesículas extracelulares (VEs), em particular os exossomos, e seu papel crucial na comunicação celular dentro do cérebro.

Embora disfunções sinápticas sejam apontadas como um fator importante nas anomalias observadas no TEA, os mecanismos moleculares específicos por trás do transtorno ainda não são totalmente compreendidos. As vesículas extracelulares, pequenas estruturas liberadas pelas células, têm sido cada vez mais reconhecidas por seu papel na comunicação intercelular, influenciando diversos processos biológicos. Este estudo investiga se as VEs secretadas por células cerebrais de pacientes com TEA apresentam características distintas.

Utilizando modelos de organoides corticais derivados de pacientes, os pesquisadores conseguiram caracterizar as VEs secretadas por tecido tridimensional humano e definir seu conteúdo. Os resultados revelaram, pela primeira vez, alterações nas VEs derivadas de organoides de TEA em comparação com VEs corticais de controles saudáveis. Através do sequenciamento de pequenos RNAs, proteômica, rastreamento de nanopartículas e microscopia, foi possível obter uma caracterização abrangente do conteúdo transportado pelas VEs secretadas por modelos de prosencéfalo 3D humano. As descobertas apontam para diferenças significativas tanto no conteúdo de RNA quanto de proteínas das VEs derivadas de TEA, oferecendo novas perspectivas sobre os mecanismos da doença e destacando o potencial de diagnósticos e terapias baseadas em exossomos para o TEA.

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