O autismo, tradicionalmente definido por desafios na comunicação social e padrões de comportamento repetitivos, tem ganhado uma nova perspectiva com a inclusão de características sensoriais nos critérios diagnósticos. Desde 2013, com a publicação do DSM-5, a importância das experiências sensoriais no desenvolvimento do autismo tem sido cada vez mais reconhecida, embora ainda necessite de maior investigação.
Pesquisadores têm se dedicado a entender como as funções sensoriais precoces podem influenciar o desenvolvimento social e comportamental em indivíduos com autismo. A teoria emergente sugere que as diferenças no processamento sensorial podem ser um fator primário, desencadeando uma série de efeitos em cascata que impactam a comunicação e os comportamentos repetitivos característicos do transtorno. Este modelo busca contextualizar o conhecimento atual sobre autismo dentro de um quadro de desenvolvimento mais amplo.
O objetivo principal é delinear um modelo de desenvolvimento em cascata que ofereça hipóteses testáveis, permitindo identificar lacunas na pesquisa e aprofundar a compreensão sobre o papel crucial das diferenças sensoriais no desenvolvimento do fenótipo autista. Ao focar no período de desenvolvimento inicial, essa abordagem pode oferecer novas oportunidades para intervenções e apoios mais eficazes, buscando otimizar o desenvolvimento de indivíduos com autismo desde os primeiros anos de vida. Entender a fundo o processamento sensorial é essencial para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de pessoas com autismo.
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