Prematuridade e Autismo: Um Estudo Revela Fatores de Risco

A identificação de fatores que podem estar relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido objeto de crescente interesse, especialmente em populações vulneráveis como bebês prematuros e com baixo peso ao nascer. Um estudo recente investigou a ligação entre fatores pré-natais, perinatais e pós-natais e o aumento da probabilidade de diagnóstico de TEA em bebês que nasceram muito prematuros (antes de 32 semanas de gestação) ou com peso inferior a 1.500 gramas.

A pesquisa, um estudo longitudinal prospectivo, acompanhou 133 neonatos desde o nascimento até os dois anos de idade. Os resultados indicaram que certos fatores estão associados a um risco aumentado de suspeita de TEA. Entre eles, destacam-se: mãe nascida no exterior, baixa idade gestacional, displasia broncopulmonar (uma condição pulmonar comum em prematuros), perda auditiva, tempo prolongado de internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e um baixo índice de Apgar (um teste rápido realizado em recém-nascidos para avaliar sua condição geral) aos 10 minutos de vida.

Curiosamente, o estudo também apontou para fatores que parecem estar associados a uma menor incidência de TEA nessa população específica. O parto por cesariana e a administração de doses completas de corticosteroides para promover a maturação pulmonar fetal foram relacionados a uma menor probabilidade de TEA. É importante ressaltar que alguns dos fatores associados ao TEA em bebês prematuros podem ser diferentes daqueles observados na população geral. Os autores enfatizam a necessidade de estudos em larga escala com dados longitudinais para confirmar e expandir esses achados, permitindo uma melhor compreensão e estratégias de intervenção mais eficazes.

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