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Mobilidade e Atenção: Como a Dupla Tarefa Afeta o Equilíbrio e o Risco de Quedas

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Realizar atividades cotidianas, como caminhar enquanto falamos ao telefone ou preparamos um café, exige a capacidade de dividir a atenção entre duas ou mais tarefas simultaneamente. Essa habilidade, conhecida como dupla tarefa, é fundamental para a nossa autonomia e qualidade de vida. No entanto, um estudo recente publicado no Journal of Integrative Neuroscience investigou como essa capacidade é afetada em diferentes faixas etárias e como essa interferência pode impactar a mobilidade e o risco de quedas.

A pesquisa envolveu jovens, adultos de meia-idade e idosos, que foram submetidos a testes de mobilidade funcional, como o teste de caminhada de 3 metros, o teste de caminhada em figura de 8 e o teste de passo em quatro quadrados. Esses testes foram realizados tanto individualmente quanto em conjunto com tarefas cognitivas, como transferência de moedas, identificação de cores (Stroop), sequenciamento numérico e fluência verbal. Os resultados revelaram que a execução simultânea de tarefas motoras e cognitivas interfere no desempenho da mobilidade em todos os grupos etários. Os idosos, em particular, apresentaram maior dificuldade em realizar tarefas complexas que exigiam mudanças de direção, especialmente quando combinadas com demandas cognitivas.

O estudo demonstrou que a interferência da dupla tarefa na mobilidade funcional pode aumentar o risco de quedas, especialmente em idosos. A capacidade de realizar tarefas simultaneamente é essencial para manter o equilíbrio e a coordenação durante atividades cotidianas. A pesquisa também indica que o tipo de tarefa cognitiva associada à tarefa motora influencia o nível de interferência. Tarefas que exigem maior atenção e processamento cognitivo, como o teste de Stroop, mostraram maior impacto na mobilidade. Esses achados destacam a importância de estratégias de intervenção direcionadas para melhorar a capacidade de dupla tarefa em idosos, visando reduzir o risco de quedas e promover uma vida mais ativa e independente. A prática de exercícios que estimulem a atenção e a coordenação, como tai chi chuan e yoga, podem ser benéficas. Consultar um profissional de saúde é fundamental para identificar as melhores abordagens para cada indivíduo.

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