Compreender a experiência de mães que cuidam de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamental para oferecer o suporte adequado. Um estudo recente explorou essa vivência através das metáforas utilizadas por essas mulheres, revelando insights valiosos para profissionais de saúde, especialmente parteiras e outros clínicos que as acompanham.
A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou entrevistas individuais e aprofundadas, além de observações, para coletar dados de um grupo de mães. Através da análise das metáforas empregadas, os pesquisadores identificaram dez figuras de linguagem que resumem a experiência materna no contexto do autismo. Essas metáforas incluem desde a percepção do filho como um tesouro, algo de inestimável valor, até a sensação de se perder em um labirinto, refletindo os desafios e a complexidade do cuidado. Outras metáforas incluem uma viagem de barco, um nó emaranhado, um planeta recém-descoberto, uma árvore que frutifica tardiamente, o topo de uma montanha, um novo dia, um alienígena e uma flor recém-nascida.
A análise dessas metáforas oferece uma nova perspectiva sobre a jornada dessas mães. Ao reconhecer e valorizar a linguagem utilizada por elas para descrever suas experiências, os profissionais de saúde podem desenvolver uma compreensão mais profunda de suas necessidades e desafios. Isso, por sua vez, pode levar a um atendimento mais individualizado e eficaz, promovendo o bem-estar tanto da mãe quanto da criança com TEA. A sensibilidade para com as metáforas utilizadas por essas mães permite que os profissionais de saúde se conectem em um nível mais profundo, construindo uma relação de confiança e apoio mútuo, essencial para o sucesso do tratamento e para a qualidade de vida familiar. Entender a metáfora do nó emaranhado, por exemplo, pode guiar intervenções que busquem *desatar* tensões e promover a comunicação familiar.
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