Um estudo recente, utilizando dados do Registro Espinhal Britânico (BSR), lança luz sobre os desafios enfrentados por pacientes no Reino Unido submetidos à cirurgia para estenose espinhal lombar associada à claudicação neurogênica. A pesquisa, que analisou dados coletados entre 2012 e 2023, revela que uma parcela significativa desses pacientes não alcança uma melhora clinicamente importante na sua qualidade de vida e funcionalidade após a cirurgia.
A análise dos dados de mais de 6.800 pacientes demonstrou que, embora muitos apresentassem melhora após a cirurgia, aproximadamente 42% não atingiram o limiar considerado clinicamente significativo – definido como uma melhoria de 30% no Índice de Incapacidade de Oswestry (ODI) seis meses após a intervenção. O estudo também identificou fatores que parecem influenciar negativamente as chances de uma recuperação bem-sucedida. Entre eles, destacam-se a intensidade da dor nas costas antes da cirurgia, a necessidade de cirurgia de revisão (reoperação), a persistência de dor intensa na perna seis semanas após a cirurgia e a presença de incapacidade grave também seis semanas após o procedimento.
Os resultados sugerem que pacientes submetidos à cirurgia para estenose espinhal lombar no Reino Unido frequentemente apresentam um quadro de incapacidade severa antes da intervenção. A pesquisa destaca a importância de uma avaliação pré-operatória cuidadosa e da identificação de fatores de risco que possam comprometer o resultado da cirurgia. Além disso, enfatiza a necessidade de um acompanhamento pós-operatório rigoroso para monitorar a recuperação dos pacientes e intervir precocemente em caso de dificuldades. A compreensão desses fatores pode auxiliar na otimização das estratégias de tratamento e na melhoria dos resultados para pacientes com estenose espinhal lombar.
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