A relação entre nossos processos mentais e a capacidade de manter o equilíbrio é cada vez mais evidente. No entanto, as abordagens tradicionais de análise do controle postural, que agregam dados de oscilação corporal por longos períodos, dificultam a identificação do impacto de processos cognitivos específicos no equilíbrio. Uma nova abordagem, baseada em eventos, busca superar essa limitação, investigando como o desempenho em tarefas cognitivas afeta o controle postural em escalas de tempo menores.
Essa nova metodologia utiliza uma plataforma de força, um equipamento que mede continuamente as forças e os momentos em cada dimensão espacial ao longo do tempo. Para facilitar o processamento dos dados gerados por essa plataforma, pesquisadores desenvolveram um pacote em R, chamado forceplate. Este pacote segmenta os dados de forma que cada tentativa, correspondente a uma tarefa cognitiva, possua seu próprio conjunto de dados temporais. Um filtro low-pass pode ser aplicado para remover artefatos, como contrações musculares ou ruídos elétricos, e uma correção de linha de base pode ser realizada para melhorar a comparabilidade entre as tentativas.
Para os dados temporais de cada tentativa, estatísticas descritivas definidas pelo usuário, como média ou desvio padrão, podem ser calculadas para intervalos de tempo definidos em torno de um evento, como o início de um estímulo ou resposta. O pacote gera um conjunto de dados com uma ou mais medidas por tentativa, dependendo do número de intervalos de tempo, que podem ser utilizados para análises mais aprofundadas, como uma análise de variância (com ou sem efeitos mistos). O objetivo principal do forceplate é estabelecer um padrão para o processamento de dados de plataforma de força coletados no contexto de experimentos cognitivos, facilitando o processamento desses dados e aprimorando a comparabilidade entre diferentes estudos na área de saude e equilíbrio.
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