Desvendando o Autismo: Conectividade Cerebral Multimodal como Chave para o Diagnóstico Precoce

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa, e novas pesquisas estão explorando as peculiaridades da conectividade cerebral em indivíduos com TEA para aprimorar o diagnóstico e a compreensão da condição. Um estudo recente investigou a combinação de diferentes técnicas de neuroimagem para analisar as redes cerebrais funcionais, estruturais e morfológicas em pessoas com TEA.

A pesquisa utilizou ressonância magnética funcional (fMRI), imagem de tensor de difusão (DTI) e ressonância magnética estrutural (sMRI) para construir redes cerebrais detalhadas. Os dados foram coletados de um grupo de 50 indivíduos com TEA e 47 participantes neurotípicos, com idades entre 5 e 18 anos. Ao combinar as informações das modalidades fMRI, sMRI e DTI, os pesquisadores alcançaram uma precisão de 82,69% na diferenciação entre os participantes com TEA e os do grupo controle. Este resultado é superior ao obtido com o uso de apenas uma modalidade ou da combinação de fMRI e DTI.

Os resultados revelaram que as características de conectividade mais distintivas foram observadas nos lobos temporal, parietal e occipital a partir da modalidade DTI, nos lobos pré-frontal e parietal a partir da modalidade fMRI e no lobo temporal a partir da modalidade sMRI. Além disso, essas características de conectividade distintas foram capazes de prever comportamentos anormais de interação social em indivíduos com TEA. Este estudo demonstra a importância de abordagens multimodais para entender os mecanismos complexos envolvidos na fisiopatologia do TEA, ressaltando o papel fundamental dos padrões de conectividade multimodal no desenvolvimento de estratégias diagnósticas mais precisas e intervenções terapêuticas mais eficazes. A identificação precoce e precisa do TEA é crucial para garantir que as crianças recebam o apoio e as terapias adequadas o mais cedo possível, maximizando seu potencial de desenvolvimento e qualidade de vida.

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