Radixina e Vício em Estimulantes: Uma Nova Perspectiva no Núcleo Accumbens

A dependência de estimulantes psicomotores, como a anfetamina, é um problema de saúde pública complexo e desafiador. Recentemente, pesquisadores têm se dedicado a entender melhor os mecanismos cerebrais envolvidos no desenvolvimento e manutenção desse vício. Um estudo promissor investigou o papel da radixina, uma proteína presente no núcleo accumbens (NAcc), região do cérebro associada ao sistema de recompensa e ao comportamento motivacional.

O estudo focou em como a manipulação da radixina no núcleo accumbens afeta a atividade locomotora induzida pela anfetamina. Os cientistas descobriram que diferentes formas de memória de recompensa induzidas pela anfetamina são reguladas de maneira distinta pela radixina. Mais especificamente, a manipulação genética da radixina (usando uma forma mutante pseudo-ativa, Rdx-T564D) inibiu seletivamente a expressão da sensibilização não associativa, que é a resposta aumentada ao medicamento com o uso repetido, independente do contexto. Já a superexpressão da forma selvagem da radixina (Rdx-WT) inibiu tanto a atividade locomotora condicionada (associada a um ambiente específico) quanto a sensibilização locomotora dependente do contexto.

Essas descobertas sugerem que a radixina desempenha um papel crucial na plasticidade estrutural das espinhas dendríticas no NAcc, que são importantes para a expressão de comportamentos aditivos. A pesquisa revelou que o aumento na densidade de espinhas dendríticas finas e maduras, observado em um grupo exposto a um contexto específico associado à droga, foi suprimido pela forma selvagem da radixina (Rdx-WT), mas não por outras formas testadas. Portanto, a radixina se apresenta como um alvo terapêutico potencial no tratamento do vício em estimulantes psicomotores, modulando a memória de recompensa e os comportamentos associados ao uso de drogas.

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