No mundo do futebol, a cobrança de um pênalti é um momento de alta pressão, onde a precisão e o controle emocional são cruciais. Um estudo recente investigou os mecanismos cerebrais que diferenciam os jogadores bem-sucedidos daqueles que falham nesse momento decisivo. A pesquisa focou na atividade neuromotora, especificamente na atividade das regiões pré-frontal e central do cérebro, áreas associadas ao planejamento e controle motor.
O estudo envolveu jogadores de futebol habilidosos que realizaram uma série de cobranças de pênalti sob condições desafiadoras, com o tamanho do alvo ajustado para manter uma taxa de sucesso entre 40% e 60%. Durante a preparação para o chute, a atividade cerebral dos participantes foi monitorada por eletroencefalograma (EEG). Os resultados revelaram que os chutes bem-sucedidos estavam associados a uma menor atividade na faixa de frequência de 8-13 Hz nas regiões frontal e central do cérebro. Essa diminuição na atividade sugere uma alocação eficiente de recursos neurais para o planejamento e controle motor, indicando que menos esforço mental consciente pode levar a um melhor desempenho.
Essas descobertas corroboram a hipótese da eficiência psicomotora, que postula que um desempenho atlético superior está relacionado a uma menor ativação cerebral nas áreas relevantes. Em outras palavras, atletas de alto nível podem ter a capacidade de otimizar seus processos de planejamento e controle motor, resultando em movimentos mais fluidos e precisos. Os resultados deste estudo, que alinha-se com outras pesquisas no esporte como o golfe, ressalta a importância do planejamento e controle motor para o sucesso atlético. Compreender esses mecanismos neuromotores pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias de treinamento mais eficazes, visando aprimorar o desempenho em situações de alta pressão no futebol e em outros esportes.
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