Microbiota Intestinal e Quimioterapia: Impactos no Tratamento do Câncer de Mama

O câncer de mama continua sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em mulheres em todo o mundo. Embora os tratamentos tradicionais, como cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia, sejam amplamente utilizados, a variabilidade na resposta do paciente e os efeitos adversos representam desafios significativos. Uma nova pesquisa explora a intrincada relação entre a microbiota intestinal e a eficácia da quimioterapia em pacientes com câncer de mama.

O estudo investigou como a diversidade da microbiota intestinal, sua composição e as vias metabólicas associadas se comparam entre mulheres submetidas à quimioterapia para câncer de mama (durante o tratamento) e controles saudáveis. Utilizando o sequenciamento do gene 16S rRNA, os pesquisadores analisaram a diversidade alfa e beta da microbiota, revelando diferenças notáveis entre os grupos. Observou-se que o filo Firmicutes era altamente abundante em ambos os grupos, mas análises mais aprofundadas identificaram gêneros específicos que apresentavam variações significativas. Por exemplo, os gêneros Pseudomonas e Akkermansia mostraram uma diminuição em abundância, enquanto Ruminococcus e Allistipes aumentaram.

Essas alterações na composição da microbiota intestinal podem ter implicações importantes para a resposta ao tratamento e a saúde geral do paciente. A pesquisa também investigou associações entre a microbiota e diversas condições de saúde, como transtorno do espectro autista, infecção por Clostridium difficile, doença renal crônica e esclerose múltipla. Além disso, a presença de bactérias patogênicas, como Ruminococcus, associadas ao gene SOX8, pode levar à quimiorresistência, alterações nas vias metabólicas e aumento da toxicidade. Em conjunto, esses achados destacam o potencial da modulação da microbiota intestinal como uma estratégia para otimizar os resultados do tratamento do câncer de mama e promover a medicina personalizada.

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