A osteoartrite do joelho, uma condição degenerativa que causa dor e limita a mobilidade, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A reabilitação desempenha um papel crucial no manejo da doença, visando fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a amplitude de movimento e reduzir a dor. Recentemente, pesquisadores têm explorado o potencial da inteligência artificial (IA) para auxiliar na criação de programas de reabilitação personalizados.
Um estudo recente avaliou o desempenho de modelos de linguagem grandes (LLMs), como o ChatGPT-4o e o Gemini Advanced, na geração de programas de reabilitação para pacientes com osteoartrite do joelho. Os modelos de IA foram desafiados a criar planos de tratamento individualizados com base em informações clínicas padronizadas de 40 pacientes. Os resultados foram comparados com programas desenvolvidos por fisioterapeutas experientes. A análise revelou que os modelos de IA alcançaram taxas de concordância significativas com os programas dos fisioterapeutas, demonstrando um potencial promissor para auxiliar na prática clínica. O ChatGPT-4o, por exemplo, obteve uma taxa de concordância de 74%.
No entanto, o estudo também identificou limitações importantes. Embora os modelos de IA demonstrassem boa compatibilidade com os componentes gerais da reabilitação, apresentaram dificuldades na especificação de detalhes cruciais dos exercícios, como a frequência, o número de séries e os critérios de progressão. Além disso, as ferramentas de IA mostraram lacunas no raciocínio clínico e na adaptação dos programas às necessidades individuais de cada paciente. Isso destaca a necessidade de supervisão especializada e a importância do aprimoramento contínuo dos modelos de IA para garantir a segurança e a eficácia da integração clínica. A IA pode ser uma ferramenta valiosa, mas não substitui o conhecimento e a experiência de um profissional de saúde qualificado. A chave está em usar a IA como um complemento, e não como um substituto, para o cuidado humano.
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