Jovens com autismo frequentemente enfrentam desafios de saúde mental, o que eleva a necessidade de tratamento especializado. No entanto, observa-se uma disparidade no acesso a serviços de saúde mental em comparação com jovens não autistas. Um estudo recente investigou como os determinantes sociais de saúde (DSS) podem influenciar essa desigualdade no acesso à psicoterapia para jovens autistas.
A pesquisa utilizou dados de registros de planos de saúde para analisar se jovens autistas com melhores DSS tinham maior probabilidade de utilizar serviços de psicoterapia. Surpreendentemente, os resultados indicaram que os DSS não foram um fator preditivo para o uso de psicoterapia nesse grupo. Aproximadamente 70% dos jovens autistas analisados não receberam nenhum serviço de psicoterapia, independentemente de suas condições sociodemográficas. Ao contrário de estudos com populações não autistas, a pesquisa revelou que tanto jovens com oportunidades socioeconômicas altas quanto baixas enfrentam barreiras semelhantes para acessar a psicoterapia.
A pesquisa identificou que a idade e o tipo de plano de saúde (Medicaid) influenciaram o acesso à psicoterapia. Jovens mais velhos apresentaram maior probabilidade de receber tratamento, enquanto aqueles que utilizavam o Medicaid tinham menos acesso. Esses resultados destacam as complexas barreiras que jovens autistas podem enfrentar para obter cuidados de saúde mental adequados, incluindo a escassez de profissionais que aceitam o Medicaid e que possuem experiência no tratamento de pacientes autistas. Investimentos e políticas direcionadas são essenciais para garantir que esses jovens recebam o apoio necessário para sua saúde mental.
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