Avanços na pesquisa de TDAH e TEA: Um olhar sobre três décadas de modelos animais

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são condições neurodesenvolvimentais cada vez mais prevalentes, impactando significativamente a vida diária de muitos indivíduos. Para compreendê-los melhor, pesquisadores frequentemente recorrem a modelos animais, como ratos, camundongos e até mesmo peixes-zebra, que ajudam a desvendar os mecanismos biológicos subjacentes a esses transtornos.

Um estudo recente analisou a produção científica global sobre TDAH e TEA entre 1990 e 2023, utilizando dados da Web of Science. A análise revelou que os Estados Unidos lideram a pesquisa nessas áreas, seguidos por China, Reino Unido, Japão e Alemanha. Além disso, identificou os modelos animais mais utilizados, destacando o papel fundamental de camundongos e ratos, e o crescente uso de organismos mais simples como peixes-zebra, Drosophila (moscas-das-frutas) e Caenorhabditis elegans (um tipo de verme) em pesquisas mais recentes.

Os resultados também apontaram para importantes fontes de financiamento, como o National Institute of Health (NIH) e o National Institute of Mental Health (NIMH) nos Estados Unidos, e o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) no Japão, demonstrando o investimento contínuo na pesquisa dessas condições. Apesar do menor volume de publicações na África e Oceania, a análise de redes revelou um aumento recente no interesse e na conscientização sobre TDAH e TEA em alguns países dessas regiões, como Gana e Portugal. Em conclusão, o estudo ressalta os progressos significativos e os esforços colaborativos na pesquisa de TDAH e TEA ao longo das últimas três décadas, enfatizando a importância da cooperação internacional para enfrentar esses complexos distúrbios neurodesenvolvimentais.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima