Um estudo recente, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, investigou as bases genéticas do autismo utilizando o peixe-zebra como modelo. Pesquisadores identificaram que mutações em 17 genes humanos, associadas ao risco de autismo, levam a alterações no desenvolvimento neurológico desses peixes. A pesquisa buscou entender como essas mutações afetam o cérebro em desenvolvimento e quais vias neurais são impactadas.
Os cientistas observaram mudanças comportamentais em peixes-zebra mutantes, tanto em estágios larvais quanto juvenis. Notaram diferenças no comportamento social e em respostas a estímulos. Ao analisarem a atividade cerebral, identificaram padrões de atividade semelhantes em mutações de genes diferentes, especificamente nas regiões do tálamo e mesencéfalo. Além disso, mutações em sete dos 17 genes de risco resultaram em variações significativas no tamanho do cérebro, com impactos mais evidentes no diencéfalo em alguns casos.
Através do sequenciamento de RNA, os pesquisadores investigaram os mecanismos moleculares subjacentes a essas mudanças. Descobriram que as mutações afetam vias de sinalização de neuropeptídeos, maturação neuronal e proliferação celular. Esses resultados apontam para regiões cerebrais específicas, tipos de células e vias moleculares que podem contribuir para a susceptibilidade ao autismo. O estudo fornece informações valiosas para futuras pesquisas sobre o autismo e o desenvolvimento de potenciais terapias.
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