A Conexão Cérebro-Cachorro: Como Interações Afetam a Motivação e o Bem-Estar

As intervenções assistidas por animais (IAA), em especial as que envolvem cães, têm demonstrado diversos benefícios para a saúde humana. No entanto, os mecanismos neurológicos subjacentes a essas interações ainda não são totalmente compreendidos. Uma pesquisa recente investigou os aspectos neurológicos da interação humano-animal, focando na assimetria alfa frontal (AAF), um indicador das diferenças na atividade alfa entre os córtices frontais esquerdo e direito, associada à motivação e ao afeto positivo.

O estudo envolveu 29 adultos saudáveis que participaram de diversas fases: medições de linha de base, interação física e visual com um cão real, interação com uma réplica de um cão, interação com uma planta e uma fase neutra. A atividade cerebral dos participantes foi monitorada por eletroencefalografia. Curiosamente, embora as medições objetivas de motivação e afeto positivo (através da AAF) não mostrassem diferenças significativas entre a interação com o cão real e as condições de controle, as avaliações subjetivas revelaram um quadro diferente.

Os participantes relataram níveis significativamente maiores de motivação e um estado de espírito mais positivo após interagirem com o cão real, em comparação com as outras condições. Esses resultados destacam a complexidade das interações humano-animal e a importância de considerar tanto os marcadores neurais quanto as experiências subjetivas ao se avaliar os benefícios terapêuticos de se incluir animais em planos de tratamento. A pesquisa enfatiza a intrincada relação entre as medidas objetivas e subjetivas na compreensão dos mecanismos envolvidos nas conexões significativas que os humanos estabelecem com os animais, evidenciando que o bem-estar percebido pode ser um fator crucial, mesmo que não totalmente refletido em marcadores neurológicos diretos.

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