Você é daquelas pessoas que se sente mais disposta à noite e tem dificuldade de acordar cedo? Essa preferência por horários tardios, conhecida como cronotipo noturno (ou eveningness), pode trazer desafios, especialmente em sociedades onde as atividades são geralmente programadas para o período da manhã. Uma pesquisa recente investigou a relação entre o cronotipo e diversos aspectos da saúde em adultos de meia-idade e idosos, incluindo sono, estado de alerta e sintomas de internalização, como ansiedade e depressão.
O estudo envolveu 652 participantes saudáveis, com idades entre 35 e 98 anos, que não apresentavam distúrbios do sono, psiquiátricos ou neurológicos. Os participantes realizaram um teste de vigilância psicomotora para avaliar o estado de alerta, além de responderem a questionários sobre cronotipo, sonolência, qualidade do sono e sintomas de humor e ansiedade. Os resultados mostraram que indivíduos com cronotipo noturno apresentaram maior tendência a distúrbios do sono, sonolência matinal e sintomas de sofrimento geral, incluindo anedonia (perda de prazer) e excitação ansiosa.
Curiosamente, o estudo também revelou que pessoas com cronotipo noturno demonstraram maior estado de alerta comportamental no período da noite, em comparação com aqueles com cronotipos intermediários ou matutinos. Isso sugere que, embora o cronotipo noturno possa estar associado a desafios na saúde mental e no sono, ele também pode estar relacionado a picos de desempenho em horários específicos. A pesquisa enfatiza a importância de considerar o cronotipo individual ao promover um envelhecimento saudável e otimizar o desempenho, adaptando horários e rotinas para melhor atender às necessidades de cada pessoa. É fundamental reconhecer que nem todos funcionam no mesmo ritmo, e que respeitar o próprio relógio biológico pode trazer benefícios significativos para o bem-estar geral.
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