O cenário da saúde moderna apresenta desafios complexos que exigem uma reflexão profunda sobre a forma como os cardiologistas são treinados. Na Índia, a formação em cardiologia, seja através do programa DM (Doctorate of Medicine) ou DNB (Diplomate of National Board), precisa integrar metodologias de ensino tradicionais com as ferramentas educacionais baseadas em tecnologia que estão em constante evolução. Essa combinação permite uma aprendizagem mais personalizada e adaptável às necessidades individuais de cada profissional.
Os currículos de cardiologia contemporâneos devem abranger todos os aspectos da competência clínica, incluindo habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas. Essa abordagem holística visa capacitar a próxima geração de cardiologistas a oferecer um cuidado integral aos seus pacientes, considerando não apenas os aspectos físicos da doença, mas também o bem-estar emocional e psicológico. Além disso, é fundamental incentivar a pesquisa de alto impacto e a publicação de artigos científicos durante o período de treinamento, estimulando o interesse dos jovens médicos pela carreira acadêmica.
Um ponto crucial a ser revisto é o formato dos exames de conclusão do curso. É preciso definir se o objetivo é formar cardiologistas que simplesmente reproduzem o conteúdo dos livros e dominam os procedimentos técnicos, ou se a meta é preparar profissionais capazes de questionar, inovar e escrever os próximos capítulos da cardiologia. Cardiologistas com precisão de pensamento, profunda empatia e coragem para desafiar o status quo são essenciais para o avanço da especialidade e para a melhoria da saúde cardiovascular da população. A reformulação do currículo de treinamento em cardiologia é, portanto, uma necessidade urgente e inadiável. Essa mudança é crucial para garantir que os futuros cardiologistas estejam preparados para enfrentar os desafios complexos do sistema de saúde.
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