O acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição que pode impactar significativamente a mobilidade e a independência dos pacientes. A reabilitação motora, especialmente a restauração da marcha, é um objetivo crucial no processo de recuperação. Terapias inovadoras baseadas em tecnologia têm demonstrado resultados promissores nesse sentido, oferecendo novas esperanças para aqueles que buscam recuperar a capacidade de se movimentar com mais facilidade.
Uma abordagem promissora combina o uso de um exoesqueleto de membros inferiores com o treinamento em esteira com suporte de peso corporal (BWSTT) e realidade virtual (RV) não imersiva baseada em jogos. O exoesqueleto auxilia no movimento das pernas, enquanto o BWSTT reduz o peso sobre as articulações, facilitando o aprendizado da marcha. A realidade virtual, por sua vez, oferece um ambiente interativo e motivador, incentivando o paciente a se engajar ativamente no processo de reabilitação. Essa combinação de terapias visa melhorar a força muscular, o equilíbrio e a capacidade de caminhar de forma mais eficiente.
Um estudo recente investigou os benefícios potenciais dessa abordagem combinada na melhora da capacidade de realizar tarefas duplas durante a recuperação do AVC. Os resultados mostraram uma melhora significativa no equilíbrio dos pacientes após o treinamento, conforme avaliado pela Escala de Equilíbrio de Berg (BBS). Embora não tenham sido observadas diferenças estatisticamente significativas em outros testes, como o Timed Up-and-Go Test (TUG) e a Medida de Independência Funcional (FIM), a melhora no equilíbrio é um indicador importante do progresso na reabilitação. O uso de dispositivos tecnológicos avançados nesse protocolo de reabilitação durante a fase aguda após um AVC se mostra promissor e merece investigação adicional por meio de ensaios clínicos randomizados.
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