Um estudo recente realizado em Manitoba, Canadá, investigou a possível relação entre a imigração parental e o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças. A pesquisa analisou dados de prontuários eletrônicos de crianças diagnosticadas com TEA entre 2016 e 2021, buscando identificar a proporção de crianças com pais imigrantes em comparação com a população imigrante em geral na região.
Os resultados revelaram uma representação maior de famílias imigrantes entre as crianças diagnosticadas com TEA. Dos 1858 casos analisados, 36% das crianças tinham pais imigrantes. Essa proporção foi significativamente superior à proporção de imigrantes residentes em Manitoba nos anos de 2016 e 2021. Essa descoberta levanta questões importantes sobre os fatores que podem contribuir para essa associação.
O estudo também identificou algumas diferenças nas características das crianças com TEA cujos pais eram imigrantes em comparação com aquelas cujos pais não eram imigrantes. As crianças com pais imigrantes apresentaram uma menor incidência de histórico familiar de TEA e de comorbidades neurológicas associadas. No entanto, não houve diferenças estatisticamente significativas nas taxas de nascimento prematuro ou no uso da Autism Diagnostic Observation Schedule-2 (ADOS-2) no processo de diagnóstico entre os dois grupos. A pesquisa enfatiza a necessidade de estudos adicionais para investigar os mecanismos subjacentes a essa associação, explorando potenciais fatores genéticos, ambientais e socioeconômicos que possam estar envolvidos.
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