A zopiclona, um medicamento hipnótico utilizado para tratar a insônia, tem sido objeto de estudo no que diz respeito aos seus efeitos residuais na capacidade de dirigir no dia seguinte. Uma revisão sistemática recente avaliou a eficácia da zopiclona como um controle positivo em ensaios clínicos que investigam o impacto de outros hipnóticos na condução de veículos.
A pesquisa, que analisou 22 artigos, selecionando 16 para a extração de dados, revelou que a zopiclona causa um comprometimento significativo na habilidade de dirigir. A análise comparou o desvio padrão da posição lateral (SDLP) entre pacientes que utilizaram zopiclona e aqueles que receberam placebo. A diferença média no SDLP variou de 1,6 a 4,74 cm, com uma média geral de cerca de 2,51 cm, indicando uma deterioração notável na capacidade de manter o veículo na faixa correta após o uso do medicamento.
Além do comprometimento na direção, o estudo também identificou alguns efeitos adversos associados ao uso da zopiclona, como sonolência, dispepsia (indigestão), fadiga, dor de cabeça, tontura, distúrbios gastrointestinais e problemas no trato respiratório superior. Esses efeitos colaterais, combinados com a diminuição da capacidade de dirigir, ressaltam a importância de se ter cautela ao utilizar zopiclona, especialmente para pessoas que precisam dirigir ou operar máquinas no dia seguinte ao uso. Os resultados da revisão sistemática sugerem que a zopiclona pode servir como um controle positivo confiável em futuros ensaios clínicos que avaliem os efeitos residuais de medicamentos hipnóticos no desempenho da direção no dia seguinte, auxiliando a compreender melhor o impacto desses medicamentos na segurança viária.
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