Sintomas Autistas Persistem Após Um Ano em Pessoas com Risco de Psicose

Um estudo recente publicado no Journal of Psychiatric Research investigou a trajetória dos sintomas autistas em indivíduos com alto risco clínico de psicose (CHR-P) e em pessoas que vivenciavam o primeiro episódio psicótico (FEP). A pesquisa buscou determinar se esses sintomas representam características duradouras ou estados transitórios que podem melhorar com o tratamento. Compreender essa dinâmica é crucial, já que os sintomas autistas podem influenciar os resultados funcionais e o prognóstico nesses grupos.

O estudo acompanhou 59 participantes (34 CHR-P e 25 FEP) durante um ano. Os participantes foram divididos em grupos de alta e baixa severidade de sintomas autistas com base na avaliação inicial. Os pesquisadores monitoraram as mudanças nos sintomas psiquiátricos, incluindo os sintomas autistas, bem como a função global e cognitiva ao longo do período. Surpreendentemente, após um ano, observou-se que os sintomas psiquiátricos, exceto os sintomas autistas, e as funções cognitivas e globais melhoraram em ambos os grupos, e as diferenças significativas iniciais entre os grupos desapareceram.

No entanto, mesmo com alguma melhora nos sintomas autistas, as diferenças significativas entre os grupos de alta e baixa severidade persistiram após um ano. Isso sugere que os sintomas autistas podem manifestar tanto características de estado transitório quanto traços duradouros em indivíduos com CHR-P e FEP. Os autores enfatizam a necessidade de estudos futuros com amostras maiores e períodos de acompanhamento mais longos para validar a estabilidade a longo prazo desses sintomas. A identificação precoce e o tratamento direcionado dos sintomas autistas podem melhorar significativamente a qualidade de vida e o prognóstico desses indivíduos.

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