Novas Estratégias Passivas para Combater a Fraqueza Muscular Pós-UTI

A fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conhecida como ICUAW, é um problema comum em pacientes críticos. Ela se manifesta pela perda significativa de massa e força muscular, o que pode levar a estadias prolongadas na UTI, aumento da mortalidade e redução na qualidade de vida após a alta hospitalar. Apesar das recomendações para mobilização precoce, desafios logísticos e resultados pouco conclusivos têm limitado o impacto dessa abordagem na prevalência da ICUAW.

Um estudo promissor está investigando a viabilidade, segurança e eficácia clínica de intervenções fisioterapêuticas exclusivamente passivas. As técnicas avaliadas incluem a restrição passiva do fluxo sanguíneo, o precondicionamento isquêmico (BFR/IPC) e a eletromioestimulação (EStim). Estas abordagens se apresentam como alternativas para preservar a musculatura de pacientes na UTI que, frequentemente, estão sedados ou incapazes de participar ativamente de programas de reabilitação. O ensaio clínico randomizado e controlado recrutará 120 pacientes da UTI cirúrgica do Hospital Universitário de Bonn, com tempo de internação superior a 48 horas. Os participantes serão divididos em quatro grupos: controle, BFR/IPC, EStim e a combinação de BFR/IPC + EStim.

Os principais resultados analisados incluem a viabilidade e a segurança das técnicas, como a adesão do paciente e a resposta ao estresse, juntamente com resultados clínicos secundários, como o tempo de permanência na UTI, a prevalência de ICUAW, a preservação da massa muscular e a eficácia da reabilitação. As medições envolverão avaliações não invasivas da massa muscular, microdiálise intramuscular para monitorar marcadores metabólicos e inflamatórios, e avaliações da qualidade de vida relacionada à saúde após a alta. A pesquisa representa um passo crucial no desenvolvimento de protocolos de reabilitação para mitigar a ICUAW, preenchendo uma lacuna crítica no manejo e reabilitação de pacientes em estado crítico. Se bem-sucedidos, esses resultados informarão um ensaio randomizado multicêntrico para avaliar ainda mais essas intervenções. A eletromioestimulação, por exemplo, pode ser uma ferramenta valiosa para estimular a contração muscular mesmo em pacientes que não conseguem se movimentar ativamente.

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