A síndrome da dor pélvica crônica (SDPC) é uma condição complexa que se manifesta com dor na região pélvica por um período mínimo de seis meses. Frequentemente, a etiologia dessa síndrome é multifatorial. A fisioterapia pélvica é uma das abordagens de tratamento recomendadas, conforme as diretrizes da Associação Europeia de Urologia (EAU). No entanto, a aplicação dessas diretrizes por fisioterapeutas pélvicos (FP) pode variar.
Um estudo recente investigou a aderência às diretrizes da EAU por fisioterapeutas pélvicos holandeses no tratamento de pacientes com SDPC. A pesquisa utilizou estudos de caso com vinhetas e questionários para avaliar as práticas dos profissionais. Os participantes foram fisioterapeutas pélvicos que atuam na atenção primária e tratam pacientes com SDPC. O objetivo principal era determinar o nível de aderência às diretrizes da EAU e verificar se essa aderência estava relacionada ao nível de educação e ao número de pacientes atendidos.
Os resultados revelaram uma baixa aderência geral às recomendações da EAU para diagnóstico e tratamento. Apenas uma pequena porcentagem dos participantes demonstrou alta conformidade com as diretrizes em ambos os estudos de caso. Isso sugere que muitos fisioterapeutas pélvicos podem não estar totalmente familiarizados com as diretrizes ou podem não estar implementando-as de forma consistente em sua prática clínica. É fundamental que os fisioterapeutas pélvicos se tornem mais conscientes e proficientes na aplicação das diretrizes da EAU para otimizar o tratamento de pacientes com síndrome da dor pélvica crônica, garantindo assim um cuidado mais eficaz e baseado em evidências.
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