A desorientação espacial é um desafio significativo para astronautas em missões espaciais, afetando o controle postural e a percepção. Um estudo recente investigou o uso de feedback vibrotátil (VF) como uma contramedida para esse problema em ambientes simulados de voo espacial. O objetivo principal era determinar se essa tecnologia poderia auxiliar na manutenção do equilíbrio em condições de gravidade simulada, variando entre a gravidade terrestre (1-g) até a ausência de gravidade (0-g).
No experimento, participantes foram submetidos a testes de equilíbrio em um simulador de movimento dinâmico, replicando ambientes de gravidade da Terra, Marte e da Lua, além da condição de 0-g. Um grupo recebeu feedback vibrotátil (VF), enquanto o grupo de controle não recebeu. Os resultados indicaram que, à medida que a gravidade diminuía, o controle da postura e a confusão subjetiva aumentavam em ambos os grupos. No entanto, o grupo com VF demonstrou um desempenho ligeiramente superior ao grupo de controle em condições de 1-g e significativamente melhor entre 0.82 e 0.10-g. A vantagem do VF se tornou mais evidente à medida que a gravidade se aproximava de zero.
Apesar dos benefícios observados no desempenho, ambos os grupos relataram níveis similares de confusão em relação à posição e velocidade angular. Curiosamente, o grupo com VF expressou alta confiança no sinal vibrotátil, mesmo com o agravamento do desempenho e da confusão subjetiva. Isso sugere uma dissociação entre a eficácia do VF e a confiança cognitiva nele. Embora o VF tenha demonstrado potencial para melhorar o controle dinâmico de veículos espaciais, ele não eliminou completamente a desorientação espacial. O estudo ressalta que, mesmo com o uso de tecnologias avançadas, a adaptação ao ambiente espacial ainda representa um desafio complexo para a saúde e o desempenho dos astronautas. Uma exposição prolongada ao VF em simulações lunares restaurou o desempenho em algumas medidas, mas persistiram sinais de desorientação, como desvio de atitude e confusão posicional.
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