A proteína DISC1 (Disrupted in Schizophrenia 1) desempenha um papel crucial em diversos processos fisiológicos, desde a divisão celular até o desenvolvimento neurológico. Sua disfunção tem sido associada a uma variedade de transtornos neurológicos, incluindo esquizofrenia, transtorno bipolar, distúrbios de humor e autismo. Compreender suas funções e papéis patológicos é, portanto, fundamental para o desenvolvimento de novas terapias.
Um estudo recente investigou três mutações associadas a doenças na região C da DISC1 (S713E, S704C e L807-frameshift) para elucidar o papel da proteína na divisão celular. Os resultados indicam que as mutações não tornam as variantes funcionalmente inativas. Em vez disso, sugere-se que os locais de interação são perdidos durante a agregação da região C da DISC1 em fibrilas do tipo amiloide. O elemento mínimo de fibrilação na região C é o núcleo β intrinsecamente desordenado (716–761), que abriga um segmento ausente na variante de splicing DISC1Δ22aa. Esta variante não consegue se ligar a proteínas do complexo do fuso mitótico, prejudicando assim a proliferação celular.
Com base nessas relações estrutura-função, os pesquisadores propõem uma estratégia racional de desenvolvimento de fármacos utilizando a tecnologia de *phage display*. Eles destacam o papel dos miméticos peptídicos em conter a aglomeração de fibrilas. Esta abordagem terapêutica inovadora visa restaurar a função normal da DISC1, oferecendo uma nova esperança para o tratamento de transtornos psiquiátricos. A pesquisa demonstra o potencial de terapias direcionadas para proteínas específicas envolvidas em doenças complexas, abrindo caminho para tratamentos mais eficazes e personalizados no futuro.
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