Um estudo recente investigou os níveis de atividade física e a qualidade de vida de mulheres antes e após a histerectomia (remoção do útero) realizada devido a câncer ginecológico. A pesquisa também explorou a relação entre distúrbios do assoalho pélvico e atividade física/qualidade de vida nesse contexto. Compreender esses fatores é crucial para otimizar o bem-estar das pacientes submetidas a este procedimento.
O estudo acompanhou 126 participantes e revelou que os níveis de atividade física eram baixos tanto antes quanto depois da cirurgia, sendo ainda mais preocupantes no período pré-operatório. É importante notar que, três meses após a histerectomia, uma parcela maior de mulheres (53%) atendia às diretrizes de atividade física em comparação com o período pré-cirúrgico (39%). Este aumento demonstra o potencial de intervenções de reabilitação para melhorar a função física das pacientes. O estudo também examinou a qualidade de vida global, que se mostrou ligeiramente abaixo dos padrões da população, tanto antes quanto depois da cirurgia.
Curiosamente, o estudo não encontrou uma associação direta entre o cumprimento das diretrizes de atividade física e a presença de distúrbios do assoalho pélvico após a cirurgia. No entanto, as participantes que apresentaram incontinência anal ou dupla incontinência relataram pontuações mais baixas na qualidade de vida global, indicando que esses sintomas podem impactar significativamente o bem-estar geral. Estes achados reforçam a importância de intervenções de *preabilitação* focadas em otimizar a função física antes da cirurgia e suporte contínuo para melhorar a qualidade de vida das pacientes, especialmente aquelas com sintomas de distúrbios do assoalho pélvico. A *atividade física* desempenha um papel fundamental nesse processo de recuperação.
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