Um estudo publicado na revista Biological Psychiatry em junho de 2025 explora o potencial da neuromodulação de precisão em circuitos cerebrais específicos para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa foca na modulação dos circuitos amígdala-corticais, áreas do cérebro cruciais para o processamento emocional e comportamental, frequentemente disfuncionais em indivíduos com TEA.
A neuromodulação de precisão representa uma abordagem inovadora que busca otimizar a intervenção terapêutica, visando áreas cerebrais específicas com técnicas avançadas. A ideia central é modular a atividade neural nessas regiões para melhorar a comunicação e o funcionamento dos circuitos cerebrais afetados no TEA. Essa modulação pode envolver técnicas não invasivas, como a estimulação magnética transcraniana (EMT) ou a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), que aplicam impulsos magnéticos ou elétricos no couro cabeludo para estimular ou inibir a atividade neural em áreas específicas do cérebro.
Embora o artigo não apresente um resumo detalhado dos resultados, a própria proposta da neuromodulação de precisão dos circuitos amígdala-corticais oferece uma nova perspectiva para o tratamento do TEA. Ao direcionar a intervenção para as bases neurobiológicas do transtorno, os pesquisadores esperam desenvolver abordagens terapêuticas mais eficazes e personalizadas, que possam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de indivíduos com TEA. A pesquisa futura deverá investigar os protocolos ideais de neuromodulação, a identificação de biomarcadores preditivos de resposta e a avaliação dos efeitos a longo prazo dessa intervenção promissora.
Origem: Link