O envelhecimento populacional é uma realidade global, e com ele, aumenta a proporção de idosos que experimentam a fragilidade. Essa condição, que torna os indivíduos mais vulneráveis a estressores e eventos adversos, tem recebido crescente atenção, mas ainda carece de uma compreensão aprofundada sobre como afeta o comportamento e o funcionamento diário dessas pessoas.
Um estudo recente, conduzido na Holanda, buscou explorar as experiências de fragilidade sob a perspectiva de idosos que vivem em suas comunidades. Através de entrevistas semiestruturadas com 36 participantes com 65 anos ou mais, os pesquisadores investigaram como a fragilidade é vivenciada e como ela influencia as atividades e o bem-estar desses indivíduos. A análise temática das entrevistas revelou aspectos importantes, como a natureza situacional da fragilidade, a forma como ela é desencadeada por fatores internos e externos, e a distinção entre sentir-se frágil e estar frágil.
A pesquisa também identificou diversas estratégias de enfrentamento utilizadas pelos idosos, que incluem esforços cognitivos, comportamentais e emocionais. Descobriu-se que fatores pessoais e o contexto social desempenham um papel crucial nas experiências individuais e na escolha das estratégias de enfrentamento. Os resultados enfatizam a importância de uma abordagem personalizada no cuidado com os idosos, que considere suas experiências únicas e capacidades remanescentes, visando promover a manutenção ou a melhoria de seu bem-estar. Essa abordagem permite que os profissionais de saúde e cuidadores ofereçam um suporte mais eficaz e adequado às necessidades de cada indivíduo.
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