A privação de sono afeta pessoas de todas as idades, mas um estudo recente revelou que os impactos podem variar significativamente entre jovens e idosos. A pesquisa, publicada na revista Sleep, investigou como a falta de sono influencia diferentes aspectos cognitivos e fisiológicos em adultos mais jovens e mais velhos.
Os resultados indicaram que adultos jovens, principalmente mulheres, são mais propensos a adormecer durante períodos de privação de sono. Isso se manifestou em eventos como microsleeps, movimentos lentos dos olhos (SEMs) e aumento da atividade delta no EEG, indicando uma maior dificuldade em manter a vigília. Em contrapartida, os adultos mais velhos demonstraram uma maior tendência a apresentar dificuldades no controle atencional. Ambos os grupos apresentaram lentidão na atenção reflexiva e pior controle inibitório sob privação de sono, mas os idosos tiveram um desempenho globalmente pior nessas tarefas.
O estudo utilizou testes como o Teste de Vigilância Psicomotora (PVT), o Teste de Sonolência de Karolinska e paradigmas de movimentos oculares, monitorando simultaneamente a atividade cerebral por meio de EEG. Os dados coletados durante 26 horas de privação de sono revelaram que, embora a falta de sono prejudique ambos os grupos, os jovens lutam mais para se manter acordados, enquanto os idosos enfrentam maiores desafios para manter o foco e a atenção. Essa compreensão das diferenças etárias na vulnerabilidade à privação de sono pode ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para mitigar seus efeitos negativos na saúde e no desempenho diário.
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