Um estudo recente realizado no Egito lançou luz sobre a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças de 1 a 12 anos. A pesquisa, que envolveu mais de 40 mil crianças em diversas regiões do país, revelou dados importantes sobre a ocorrência do autismo e os fatores que podem estar associados ao seu desenvolvimento.
Os resultados indicaram que a prevalência de TEA no Egito é de 1,1%, um número comparável a outros países do Oriente Médio. No entanto, o estudo também apontou para variações geográficas significativas, com áreas urbanas apresentando uma prevalência maior em comparação com as áreas rurais. Além disso, a faixa etária de 3 a 6 anos apresentou a maior prevalência, atingindo 1,5%. É importante notar também que os meninos foram diagnosticados com TEA quatro vezes mais frequentemente que as meninas, com taxas de 1,7% e 0,4%, respectivamente.
A pesquisa identificou diversos fatores de risco significativos associados ao TEA. Histórico de convulsões, baixo peso ao nascer e internações prolongadas em unidades de terapia intensiva neonatal (UTI Neonatal) por mais de dois dias foram associados a um risco aumentado de desenvolver o transtorno. Problemas de saúde materna durante a gravidez também foram identificados como um fator de risco relevante. Quanto à gravidade do TEA, o estudo revelou que 45% das crianças diagnosticadas apresentavam autismo moderado, 39% apresentavam autismo grave e 16% apresentavam autismo leve. Curiosamente, o sexo feminino e a idade mais avançada foram associados a uma maior severidade do TEA.
A conclusão do estudo ressalta a importância de que os formuladores de políticas públicas utilizem esses resultados para planejar intervenções de saúde pública direcionadas à detecção precoce, gerenciamento e prevenção da progressão do TEA. Identificar e mitigar os fatores de risco, bem como garantir o acesso a serviços de diagnóstico e tratamento adequados, são passos cruciais para melhorar a qualidade de vida das crianças com autismo e suas famílias. A pesquisa também destaca a necessidade de mais estudos para investigar as causas e os mecanismos subjacentes ao TEA, a fim de desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes.
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