As dores no pescoço são um problema comum, afetando a qualidade de vida de muitas pessoas. Fisioterapeutas frequentemente recorrem a técnicas manuais para aliviar essa condição, e entre elas, as Técnicas de Mulligan, como o SNAG (Sustained Natural Apophyseal Glides) e o NAG (Natural Apophyseal Glides), ganham destaque. Mas qual a real eficácia dessas técnicas?
Um estudo recente analisou diversas pesquisas para avaliar o impacto das Técnicas de Mulligan em pacientes com dor no pescoço. A análise revelou que, para dores agudas ou mistas (agudas, subagudas e crônicas), as Técnicas de Mulligan não se mostraram superiores a outras intervenções para reduzir a dor, melhorar a incapacidade ou aumentar a amplitude de movimento cervical. No entanto, um resultado interessante surgiu em relação às dores crônicas: o SNAG, quando combinado com outros tratamentos, apresentou resultados superiores a outras abordagens, como exercícios e técnicas de energia muscular, tanto estatística quanto clinicamente, auxiliando na redução da dor e da incapacidade, além de melhorar a amplitude de movimento cervical.
Esses resultados sugerem que as Técnicas de Mulligan, especialmente o SNAG, podem ser uma ferramenta valiosa no tratamento da dor crônica no pescoço, desde que integradas a uma abordagem terapêutica mais ampla. Fisioterapeutas podem considerar a inclusão dessas técnicas em seus planos de tratamento, oferecendo aos pacientes uma opção de baixo risco e potencialmente benéfica para o alívio da dor e a melhora da qualidade de vida. É importante ressaltar que a evidência ainda é considerada de baixa certeza, indicando a necessidade de mais pesquisas para confirmar esses achados.
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