A paralisia cerebral espástica é uma condição que afeta a mobilidade e a capacidade de andar de muitas crianças. Buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, um estudo recente investigou os efeitos da massagem tailandesa tradicional (MTT) em comparação com a fisioterapia convencional (FT) no padrão de marcha.
O estudo, publicado na revista PLoS One, acompanhou crianças com paralisia cerebral espástica, classificadas entre os níveis I e III do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). Os participantes foram divididos em dois grupos: um que recebeu MTT seguido de FT, e outro que recebeu FT seguido de MTT. Cada tratamento durou seis semanas, com um período de descanso de seis semanas entre eles. Os pesquisadores avaliaram diversos fatores, incluindo a amplitude de movimento dos membros inferiores, o tônus muscular, a atividade eletromiográfica e o padrão de marcha por meio do Gait Profile Score (GPS), além do consumo de oxigênio.
Os resultados indicaram que a MTT pode ter um impacto positivo no desempenho da marcha. Observou-se uma melhora no GPS e um aumento na atividade do músculo reto femoral direito em comparação com a FT. Apesar de outros resultados não apresentarem diferenças significativas entre os dois tratamentos, a pesquisa sugere que a massagem tailandesa tradicional pode ser uma alternativa promissora para auxiliar na reabilitação da marcha em crianças com paralisia cerebral espástica. Os autores enfatizam a necessidade de estudos em larga escala para confirmar o real impacto da MTT e explorar seus benefícios a longo prazo.
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