A disfunção erétil é uma complicação significativa que pode afetar a qualidade de vida de pacientes submetidos a tratamento para câncer de próstata, especialmente após a prostatectomia radical. Diversas abordagens são utilizadas para auxiliar na recuperação da função erétil. Um estudo recente investigou o efeito da Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea (TENS) na função erétil pós-operatória em pacientes submetidos à prostatectomia radical robótica com preservação bilateral dos nervos.
O estudo retrospectivo avaliou dados de pacientes submetidos à prostatectomia radical robótica para câncer de próstata. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo que recebeu terapia TENS após a cirurgia para melhorar a disfunção erétil (TENS(+)) e um grupo que não recebeu (TENS(-)). Foram comparados dados demográficos, informações cirúrgicas, pontuações do Índice Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS) e do Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-5) antes e após a operação.
Os resultados indicaram que, embora as pontuações médias do IIEF-5 pré-operatório fossem semelhantes entre os grupos, o grupo TENS(+) apresentou pontuações estatisticamente mais elevadas no sexto mês pós-operatório. Contudo, a melhora no escore IIEF no grupo TENS(-) foi mais evidente nos seis meses seguintes, e não houve diferença significativa entre os dois grupos no 12º mês pós-operatório. A conclusão do estudo sugere que a terapia TENS administrada após a prostatectomia radical robótica pode ser eficaz na reabilitação peniana nos primeiros seis meses após a cirurgia, representando uma alternativa para pacientes que buscam uma recuperação erétil mais rápida.
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