A dor após uma lesão na medula espinhal (LME) é um desafio significativo, impactando negativamente a reabilitação, a qualidade de vida e o bem-estar físico, social e psicológico. Um estudo recente investigou a relação entre a dor (geral e no ombro), a funcionalidade e a qualidade de vida em pessoas com LME que utilizam cadeiras de rodas manuais.
A pesquisa, realizada na África do Sul, envolveu participantes com LME, com ou sem dor, acompanhados em hospitais de reabilitação. Os pesquisadores avaliaram a presença e a intensidade da dor, a função da cadeira de rodas e a qualidade de vida dos participantes. Curiosamente, a maioria dos participantes relatou dor geral (85%), sendo as dores do tipo queimação e abaixo do nível da lesão as mais comuns. A dor no ombro, por outro lado, foi menos frequente (14,8%).
Embora não tenha havido uma diferença geral na qualidade de vida entre os participantes com e sem dor, a dor impediu os indivíduos de realizar atividades importantes para eles. Além disso, a gravidade da dor teve uma correlação negativa com a qualidade de vida e a satisfação com o sono. No caso específico da dor no ombro, foi observada uma correlação negativa com a função da cadeira de rodas naqueles que relataram essa dor. A implicação é que o manejo da dor é crucial para melhorar a qualidade de vida e a capacidade funcional de pessoas com lesão medular. As equipes de reabilitação devem considerar a inclusão de estratégias abrangentes de manejo da dor em seus planos de tratamento.
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