A retenção urinária crônica, caracterizada pela dificuldade em esvaziar completamente a bexiga, pode ser um problema de saúde recorrente e subdiagnosticado em adultos jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e comportamentos desafiadores. Um estudo recente aponta para a importância de reconhecer e tratar essa condição, que pode estar relacionada ao uso prolongado de medicações com efeitos colaterais específicos.
Regressões comportamentais em pacientes com autismo severo e baixa capacidade de comunicação verbal representam um desafio significativo para os profissionais de saúde. Nesses casos, a identificação de comorbidades físicas, como a retenção urinária, torna-se crucial para um tratamento eficaz. A pesquisa destaca a necessidade de adaptar as diretrizes tradicionais de rastreamento e manejo da retenção urinária, considerando as particularidades dessa população.
O estudo propõe algumas recomendações importantes para o cuidado desses pacientes, incluindo a limitação do uso de medicamentos anticolinérgicos, a implementação de protocolos rigorosos para o uso do banheiro com treinamento específico, a regularização do trânsito intestinal e o monitoramento diário da bexiga por meio de exames. Em alguns casos, o uso de medicamentos como o cloridrato de tansulosina pode ser considerado. Ao implementar essas medidas, os profissionais de saúde podem melhorar significativamente o estado urinário e o bem-estar geral de adultos jovens com autismo e retenção urinária crônica. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado dessa condição podem ter um impacto positivo na qualidade de vida desses indivíduos e de seus cuidadores.
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