O escorbuto, uma doença causada pela deficiência de vitamina C, ainda é uma realidade nos dias de hoje, apesar de ser frequentemente associado a tempos passados. A condição surge devido à disfunção do colágeno, resultante da diminuição da atividade das enzimas lisil e prolil hidroxilase, essenciais para a sua produção. Embora incomum, o escorbuto pode se manifestar como dor musculoesquelética em crianças e adolescentes, afetando principalmente os membros inferiores.
Os sintomas do escorbuto são diversos e podem incluir sangramento gengival, hematomas, lesões de pele, dificuldade na cicatrização de feridas e alterações nos ossos e dentes. Em casos pediátricos, a dor nas pernas e a dificuldade para andar (claudicação) podem ser os principais sinais, levando a investigação ortopédica. A identificação precoce é crucial para evitar procedimentos diagnósticos invasivos e prolongar o sofrimento da criança.
Um histórico alimentar detalhado é fundamental para o diagnóstico, especialmente em crianças com alimentação restritiva ou seletiva, como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética (RM), podem revelar características específicas do escorbuto. O tratamento consiste na reposição da vitamina C, geralmente com suplementação, e acompanhamento nutricional para garantir a ingestão adequada de nutrientes. A conscientização sobre o escorbuto e a atenção aos hábitos alimentares das crianças são essenciais para prevenir e tratar essa condição evitável.
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