A reabilitação neurológica enfrenta o desafio de restaurar funções motoras em pacientes com comprometimentos crônicos. Um estudo recente investigou o potencial do treinamento de marcha assistido por tecnologia para melhorar a função ambulatorial em indivíduos com diagnósticos neurológicos crônicos. O objetivo principal foi determinar se seis meses de treinamento de marcha, utilizando dispositivos como Lokomat, Andago ou C-Mill, resultariam em mudanças significativas na capacidade de caminhar desses pacientes.
O estudo, conduzido em um centro ambulatorial especializado em reabilitação neurológica, acompanhou adultos com diagnósticos neurológicos crônicos que resultaram em dificuldades de locomoção. Os participantes realizaram no mínimo dez sessões mensais de treinamento de marcha assistido por tecnologia durante seis meses. As principais medidas de resultado incluíram testes de desempenho de caminhada, como o teste de caminhada de 10 metros e o teste de caminhada de 6 minutos, além da avaliação da qualidade de vida através de questionários padronizados.
Os resultados mostraram pequenas melhorias na velocidade de caminhada e na distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos após três e seis meses de treinamento. No entanto, essas melhorias não atingiram o limiar considerado clinicamente relevante. A qualidade de vida dos participantes não apresentou mudanças significativas durante o período de estudo. Apesar disso, a disposição dos participantes em pagar pelo treinamento de marcha assistido por tecnologia sugere um interesse e uma percepção de valor nesse tipo de intervenção. A conclusão do estudo aponta para a necessidade de oferecer treinamento de marcha assistido por tecnologia em um ambiente ambulatorial, considerando as pequenas melhorias observadas na função ambulatorial e a disposição em pagar por esse tipo de tratamento.
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