A espasticidade, uma condição comum em pacientes com distúrbios neurológicos, pode impactar significativamente a qualidade de vida, limitando a mobilidade e a funcionalidade. Estratégias para aliviar a espasticidade são, portanto, cruciais para melhorar o bem-estar desses pacientes. Recentemente, pesquisadores têm explorado a combinação de diferentes terapias para otimizar os resultados no tratamento da espasticidade.
Um estudo promissor investigou a eficácia da combinação de ondas de choque não focadas (uESWT) e toxina botulínica (BoNT-A) no tratamento da espasticidade em pacientes com lesões cerebrais. A pesquisa, que envolveu uma randomização sistemática de pacientes, comparou os resultados com o uso de ondas de choque focadas (fESWT) em conjunto com BoNT-A. Os resultados indicaram que ambas as abordagens levaram a uma melhora significativa na espasticidade, medida através da escala de Ashworth, e a uma redução no tempo gasto no teste de caminhada de 10 metros. Este achado sugere que ambas as técnicas podem ser eficazes na redução da espasticidade e na melhoria da mobilidade.
Além da melhora clínica, o estudo também avaliou a satisfação dos pacientes com o tratamento. Surpreendentemente, a proporção de pacientes que relataram estar muito satisfeitos com o tratamento foi maior no grupo que recebeu uESWT (91%) em comparação com o grupo que recebeu fESWT (69,2%). Esta descoberta é particularmente relevante, pois destaca a importância de considerar a experiência do paciente ao escolher a modalidade de tratamento. A combinação de uESWT e BoNT-A pode representar uma opção terapêutica valiosa para pacientes que buscam alívio da espasticidade e uma melhor qualidade de vida. Mais estudos são necessários para confirmar esses resultados e explorar o potencial máximo dessa abordagem combinada.
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