A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é uma complicação grave em unidades de terapia intensiva (UTI). A alimentação enteral, embora essencial para o suporte nutricional desses pacientes, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de PAV. Acredita-se que a massagem abdominal possa reduzir o conteúdo gástrico residual, diminuindo, assim, o risco de aspiração e, consequentemente, a incidência de PAV.
Um estudo recente investigou o efeito da massagem abdominal como terapia complementar em pacientes adultos sob ventilação mecânica e recebendo alimentação enteral. A pesquisa, de natureza experimental, envolveu 60 pacientes que foram acompanhados para avaliar os parâmetros fisiológicos e o risco de aspiração. Os resultados indicaram que a massagem abdominal teve um efeito positivo na melhora dos parâmetros fisiológicos desses pacientes, como a redução da pressão intragástrica e o aumento do esvaziamento gástrico. A técnica se mostrou promissora como uma intervenção não farmacológica para auxiliar na prevenção de complicações respiratórias.
Em conclusão, a massagem abdominal surge como uma terapia complementar promissora para pacientes ventilados mecanicamente e alimentados por via enteral. Ao melhorar os parâmetros fisiológicos relacionados à função gastrointestinal, ela pode contribuir para a redução do risco de aspiração e, potencialmente, diminuir a incidência de PAV. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados e determinar os protocolos ideais de massagem abdominal para essa população de pacientes, mas os resultados iniciais são encorajadores para a adoção dessa prática em UTIs.
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