Distúrbios do Neurodesenvolvimento: Estudo Aponta Diferenças em Encaminhamentos entre Crianças Nativas e Migrantes

Um estudo recente investigou as diferenças nas taxas de encaminhamento e nos resultados diagnósticos de distúrbios do neurodesenvolvimento (DNDs) entre crianças com pais nativos (islandeses) e crianças com histórico de migração (pelo menos um dos pais nascido no exterior) na Islândia. A pesquisa, que analisou dados de 2014 a 2018, revelou insights importantes sobre como diferentes populações acessam o sistema de saúde para avaliação e diagnóstico.

Os resultados indicaram que crianças com histórico de migração foram consistentemente encaminhadas em uma taxa significativamente maior para avaliação de suspeita de transtorno do espectro autista (TEA), deficiência intelectual (DI) ou distúrbios motores, como paralisia cerebral (PC). Essa tendência foi particularmente evidente em crianças com menos de 6 anos, do sexo masculino e imigrantes de segunda geração (nascidos na Islândia de pais estrangeiros). Essa descoberta sugere a necessidade de uma análise mais aprofundada das possíveis barreiras enfrentadas por famílias migrantes no acesso a serviços de saúde.

Ao longo do acompanhamento, as diferenças diagnósticas mais consistentes foram observadas em distúrbios da fala e linguagem (DFL), com taxas significativamente maiores entre crianças com histórico de migração. Eles também apresentaram taxas elevadas de diagnóstico de TEA em três das cinco coortes analisadas, mas essa diferença desapareceu quando a DI e o DFL concomitantes foram excluídos. As taxas de DI e PC foram semelhantes às de crianças com pais nativos. Embora seja encorajador que crianças com DNDs não sejam negligenciadas devido ao seu histórico de migração, as taxas elevadas de suspeita de DNDs nessa população indicam a necessidade de melhorar o suporte de nível primário com o objetivo de melhorar seu bem-estar, reduzindo a demanda por avaliação diagnóstica especializada e suporte de longo prazo.

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